APROVEITANDO MÓVEIS ANTIGOS DOS MORADORES E OTIMIZANDO OS ESPAÇOS, AS ARQUITETAS CLAUDIA YAMADA E MONIKE LAFUENTE REPAGINARAM O IMÓVEL COM ESTILO E FLUIDEZ

Um apartamento com cores neutras, visual amplo e soluções de marcenaria realizadas para comportar tudo o que era necessário organizar foram apenas alguns dos pedidos do casal de moradores às arquitetas do Claudia Yamada e Monike Lafuente, que estão à frente do escritório Studio Tan-gram. Com 70 m², o apartamento foi totalmente reformado, ganhou uma área social 100% integrada e, no tocante às cores, seguiu uma paleta de tons neutros nos móveis, paredes e revestimentos mesclado com pinceladas de cores pontuais em itens decorativos e na marcenaria da cozinha.

“Por meio da conexão entre os espaços da área social, conseguimos reunir, de forma estratégica, a cozinha, a sala de TV e o terraço, que foi transformado em sala de jantar”, conta Claudia. Além do visual mais amplo, essa alteração no layout propiciou uma iluminação natural abundante, pois com a retirada do caixilho que dividia a área social do terraço, a luz alcança todos os cômodos, trazendo mais vida e cor ao imóvel.

 

         

Integrada à área social, a varanda acabou se transformando nesta simpática sala de jantar. Ao deixar a mesa bem próxima da parede, a sala angariou mais espaço de circulação e ainda recebeu um pequeno aparador. Prático, ora ele serve de apoio para quadros e objetos, ora ele assume o papel de suporte às louças e outros itens que são empregados para servir o jantar. A cereja do bolo ficou por conta do trio de pendentes, de alturas diferentes, que completam com muito charme o cômodo.
 
 
 

E mesmo com poucos m², ainda sobrou esse cantinho delícia para os tão necessários momentos de relaxamento! Ao lado da sala de jantar, versatilidade define: por aqui o espaço pode servir como lugares extras para as refeições ou ainda ser palco de conversas felizes após as refeições especiais | Foto: Estúdio São Paulo

Em um dos pedacinhos da varanda, que tem apenas 10 m², as arquitetas montaram um cantinho ideal para o descanso e leitura. Com duas poltronas, pufe para apoiar os pés, tapete de juta, mesa lateral e uma luminária de piso, a ambientação confere um clima especial de aconchego e foi concebido como uma extensão do jantar. Além disso, é complementar para dispor mais lugares quando os moradores recepcionam amigos, além de ser o cenário ideal para conversas pra lá de gostosas depois das refeições.

 

Foi-se o tempo em que o home office ficava num lugar improvisado em casa. Com a pandemia, a melhor definição para o escritório em casa é ‘essencial’. No apartamento executado por Monike e Claudia, a mesa foi inserida na sala de estar | Foto: Estúdio São Paulo

A dupla do Studio Tan-gram também tinha na lista um dos ambientes mais requisitados dos últimos tempos: o home office. Para que o casal trabalhasse com conforto, o escritório em casa foi incorporado à sala de estar: o aparador, que recebeu o bar, foi a base para sobrepor a bancada de trabalho em uma combinação supermoderna e graciosa.

 

Conectando os ambientes de maneira funcional: no estilo cozinha americana, a bancada serve tanto como uma área de apoio do ambiente, como para dispor bebidas e aperitivos para quem está na sala | Foto: Estúdio São Paulo

No layout antigo, a cozinha já ficava aberta para a sala, mas as arquitetas resolveram fechar um pedacinho, até o final do sofá, de forma a incorporar mais armários – sempre tão almejados! No lugar da alvenaria, as sócias do Studio Tan-gram executaram uma divisão com armário, que serve de fundo para o sofá. “Para não aparecer a emenda entre a parede e o armário, um truque eficaz. O acabamento em pintura foi o responsável por criar essa continuidade na parede”, explica Claudia. Outra atração foi a iluminação: além dos spots embutidos nos forros dos ambientes, a cozinha se tornou ainda mais vívida com as fitas de LED embutidas no frontão da pia.

 

Muito comuns, especialmente nos apês pequenos, as cozinhas do tipo corredor são sempre um desafio no projeto. Aliar a necessidade de muitos espaços de armazenamento e o respeito as medidas mínimas para uma circulação confortável são algumas das características evidentes no resultado empreendido por Monike e Claudia | Foto: Estúdio São Paulo

E como introduzir cores mais fortes, mas sem sobrecarregar o décor? O caminho empreendido pelas arquitetas foi mesclar a delicadeza do cinza claro, presente nos armários inferiores, como contraponto para o azul mais fechado aplicado na parte superior da marcenaria. Esse balanço proporcionou um visual interessante e manteve a leveza solicitada pelos moradores desde o início.

E para dar unidade aos espaços integrados, as arquitetas optaram por instalar, na cozinha, o mesmo piso vinílico presente nos demais cômodos do projeto. “Apesar de não ser comum o uso de pisos vinílicos nessas áreas, trabalhamos com um modelo mais resistente ao contato com a água. Entretanto, nada de lavar o piso, uma vez que o material até facilita a limpeza… é só passar um pano e está tudo resolvido!”, adverte Claudia. “Adaptações de hábitos fazem parte de uma nova vida”, complementa.

 

Com bancada em quartzo branco e revestimento pequeno formato, o banheiro do casal ficou deslumbrante e leve, como eles sonhavam! | Foto: Estúdio São Paulo

A mesma linguagem sóbria foi mantida no banheiro do casal. Para tanto, as arquitetas partiram em busca de uma combinação de elementos que ficasse elegante, mas que não agregasse o temido aspecto frio. A equação foi resolvida com o aconchego da madeira no armário da bancada e recursos de iluminação. Para dar mais amplitude ao banheiro, o armário superior foi completamente espelhado.

 

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