Nesse projeto, arquiteto e cliente entraram em sintonia total, como conta Patricia Marinho, que assina a casa com Laurent Croissandeau. Com 800 metros quadrados contando a área externa, a residência de um jovem casal na Barra da Tijuca seguiu o conceito do que a arquiteta chama de uma casa feita para usar, e não para enfeite. “É o tipo de projeto com que sonha todo profissional, em que o cliente deu carta branca e pudemos soltar a imaginação. Foi um projeto muito feliz”, diz Patricia.

Como é uma casa urbana, os arquitetos quiseram valorizar a ligação do interior com os jardins, que têm paisagismo assinado por Anna Luiza Rothier. Outro ponto foi tirar o foco da arquitetura e investir na decoração, já que a ideia não era mexer muito na estrutura. Começaram pela porta, que era pequena e foi trocada por uma bonita e bem maior, de peroba do campo, que dá continuidade entre os ambientes. O piso neutro dos espaços internos foi mantido e o da varanda trocado por mármore travertino. O teto foi rebaixado e a luminotécnica tem a assinatura de Sandra Babini.

Um muro de pedras foi construído para tirar o foco da casa original. Na varanda, integrada com a sala, móveis da Saccaro. A área da piscina tem desenho de Jean-Philippe Picard feito em pedras portuguesas na parede. Também é dele o desenho plotado na parede da sala, ambiente que tem também um janelão de vidro que faz um quadro verde natural. O décor ganhou ainda um baú do antiquário Arnaldo Danemberg e um belo quadro de Burle Marx. “O banheiro teve uma interferência muito interessante. Ele tinha uma janela horrível lá em cima. Abrimos um janelão para aproveitar a vista. A banheira já existia, mas fizemos biombos de madeira”, diz Patricia.

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Fotos: Kitty Paranaguá